sábado, 26 de setembro de 2009

Insônia magníloqua

À noite, quando a brisa invade meu quarto, quando as estrelas se assemelham as luzes de Natal e o silêncio parece falar mais alto que quaisquer palavras, me desnorteio nas lembranças de um passado na qual o meu romantismo servia-me de alicerce. A Lua serve de satélite aos meus pensamentos. Os ruídos dos automóveis transtornados, se igualam a minha mente, sem saber onde estacionar e em busca de um atalho na estrada de uma vida ainda inexperiente. A ambiguidade do ambiente faz-me chorar por um amor ainda inexistente. O fechar do céu e o cair da chuva, após alguns instantes, lembram-me as lágrimas pretéritas que já derramei.
Noites claras, dias escuros, pensamentos atordoados. Ignorada é a minha imaginação.
Minha pele gelada e branca demonstra não gostar da solidão. Meus olhos, com pouca melanina, parecem cegos. Percebo, então, que mais uma noite se passou e fora curta o bastante para que ao menos eu chegasse a um metro de distância da minha cama. Uma insônia tanto quanto magníloqua diante da perturbação de não ter um amor para chamar de meu.



Por Géssyca Maysa Diniz Teixeira

4 comentários:

  1. "Uma insônia tanto quanto magníloqua diante da perturbação de não ter um amor para chamar de seu" é essa insônia que eu sinto agora, são 4h38 e eu n durmo pensando naquela conversa da gente...

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  2. huahauhauhauhauau
    Não possuo resposta :$
    Obrigada!

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  3. gostei mt do texto e da maneira com que vc escreve. Sucesso;**

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  4. Obrigada, Laisa.
    Escrevo auilo que sinto e que vejo.
    Sucesso para nós.
    =*

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